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O Ubuntu não é a distribuição mais estável, nem a mais fácil de usar. Entretanto, a grande disponibilidade dos CDs de instalação e toda a estrutura de suporte criada em torno da distribuição, acabaram fazendo com que ele se tornasse uma espécie de "default", uma escolha segura, que a maioria acaba testando antes de experimentar outras distribuições.
Esse conjunto de fatores faz com que ele seja a distribuição com mais potencial para crescer além da base atual.
Ele é, sob diversos pontos de vista, o oposto exato do Slackware. No Slack, a principal dificuldade é entender como o sistema funciona, conseguir configurá-lo e instalar os aplicativos que quer usar. A estrutura é relativamente simples e você tem total liberdade para fuçar e brincar com o sistema (já que consertá-lo é quase tão fácil quanto quebrá-lo), mas, em compensação, quase tudo precisa ser feito manualmente.
O Ubuntu, por outro lado, segue uma lógica completamente diferente, tomando decisões por você sempre que possível, mostrando apenas as opções mais comuns e escondendo a complexidade do sistema. Isso faz com que ele seja usado por um volume muito maior de usuários, uma vez que oferece respostas para dificuldades comuns, como instalar o sistema, configurar a rede wireless, acessar arquivos em uma câmera ou em um pendrive, e assim por diante.
Apesar disso, essa abordagem tem também seus problemas, já que a estrutura mais complexa torna mais difícil solucionar problemas inesperados, ou configurar o sistema de formas incomuns. O grande volume de serviços carregados por padrão e o grande volume de bibliotecas e componentes, fazem com que o sistema seja mais pesado e consuma mais memória do que distribuições mais espartanas (como no caso do Slackware), o que torna imprático o uso em máquinas muito antigas, ou com menos de 512 MB de RAM. Como pode ver, nenhum sistema é perfeito e é justamente por isso que temos várias distribuições. Vamos então aos detalhes sobre a configuração do Ubuntu.

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