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As versões mobile do Core i7 e Core i5 são baseadas no Clarksfield, a versão móvel do core Lynnfield, que mantém os mesmos 774 milhões de transistores e a técnica de fabricação de 45 nm, mas adota um encaixe diferente, o PGA988A. Esta é a mesma transição que tivemos nos desktops, com a ponte-norte do chipset sendo integrada ao processador, uso do controlador de memória DDR3 integrado e outras melhorias:
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A configuração dos processadores é muito similar à das versões desktop, mas os clocks são muito mais baixos e o turbo mode mais agressivo, chegando a representar um aumento de mais de 50% no clock quando apenas um dos núcleos está ativo. Esta foi a solução da Intel para conseguir levar a arquitetura para os notebooks, mantendo um consumo aceitável:
Core i7-920XM: 2.0 GHz (turbo 3.2 GHz), 4 cores + SMT, 8 MB, TDP de 55W
Core i7-820QM: 1.73 GHz (turbo 3.06 GHz), 4 cores + SMT, 8 MB, TDP de 45W
Core i7-720QM: 1.6 GHz (turbo 2.8 GHz), 4 cores + SMT, 6 MB, TDP de 45W
Você pode notar que apesar dos clocks baixos, o TDP dos processadores é bastante alto para um notebook, chegando aos 55 watts no caso do 920XM. Uma observação importante é que as frequências do turbo mode são também limitadas pela temperatura, o que é um problema nos modelos com coolers subdimensionados. Por outro lado, o uso do PCU e do desligamento independente dos núcleos ociosos faz com que o consumo dos processadores em ociosidade seja bastante baixo, na casa dos 6 watts. Isso cria um contraste ainda maior do que em outras famílias com relação à autonomia, de acordo com o perfil de uso.
Além de gastadores, eles também são os mais caros dentro da linha da Intel (o i7-920XM custava US$ 999 na época de lançamento, o que é suficiente para comprar dois notebooks medianos completos). Combinados, estes dois fatores fazem com que eles fiquem restritos aos modelos maiores e mais pesados, que não são exatamente um bom negócio, a menos que você use o notebook para trabalho e faça questão de ter o melhor desempenho possível em tarefas pesadas.
Estes processadores fazem par com o PM55, a versão mobile do chipset P55 para desktops, que mantém as mesmas funções e a mesma arquitetura, mas utiliza uma tensão ligeiramente mais baixa (que reduz o TDP de 4.7 para 3.5 watts) e utiliza um encapsulamento ligeiramente menor.
Para os notebooks mainstream, temos os processadores baseados no core Arrandale, a versão móvel do core Clarkdale, usado nos Core i5 e i3 com vídeo integrado para desktops. Ela é uma linha mais bem equilibrada, composta por processadores dual-core, que incluem um chipset de vídeo Intel HD Graphics, que representa uma evolução significativa em relação ao GMA X4500HD em termos de desempenho 3D.
O fato de o processador e a GPU compartilharem o mesmo die, faz com que o gerenciamento de energia seja mais eficiente, já que o clock de ambos pode ser ajustado de acordo com a tarefa e o TDP máximo. Um ganho adicional é derivado da técnica de fabricação, já que o núcleo do processador passou a ser produzido usando uma técnica de 32 nm e a ponte-norte do chipset usando uma técnica de 45 nm.
O grande problema é que, embora o desempenho seja superior, o consumo máximo dos processadores é também relativamente alto em comparação com os modelos baseados no Penryn. Como resultado, a carga da bateria é suficiente para executar mais operações (o que justifica a propaganda da Intel de que os processadores são mais eficientes), mas a autonomia não é necessariamente maior, já que você acaba executando mais tarefas e mantendo o processador ativo pelo mesmo percentual de tempo, resultando em menos minutos de operação.
Todos os modelos incluem suporte a SMT e (com exceção dos Core i3) mantêm o uso do turbo. Entretanto, os aumentos de frequência são bem menos agressivos. Outra particularidade da linha é que os processadores são organizados de acordo com o consumo, com os processadores da série UM operando a frequências muito mais baixas, mas em troca também oferecendo um TDP reduzido.
Core i7-620M: 2.66 GHz (turbo 3.33 GHz), 2 cores + SMT, 4 MB, TDP de 35W
Core i7-640LM: 2.13 GHz (turbo 2.93 GHz), 2 cores + SMT, 4 MB, TDP de 25W
Core i7-620LM: 2.0 GHz (turbo 2.8 GHz), 2 cores + SMT, 4 MB, TDP de 25W
Core i7-640UM: 1.2 GHz (turbo 2.26 GHz), 2 cores + SMT, 4 MB, TDP de 18W
Core i7-620UM: 1.06 GHz (turbo 2.13 GHz), 2 cores + SMT, 4 MB, TDP de 18W
Core i5-540M: 2.53 GHz (turbo 3.06 GHz), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 35W
Core i5-520M: 2.4 GHz (turbo 2.93 GHz), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 35W
Core i5-520UM: 1.06 GHz (turbo 1.83 GHz), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 18W
Core i5-430M: 2.26 GHz (turbo 2.53 GHz), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 35W
Core i3-350M: 2.26 GHz (sem turbo), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 35W
Core i3-330M: 2.13 GHz (sem turbo), 2 cores + SMT, 3 MB, TDP de 35W
O turbo-mode leva em conta o consumo global do processador (CPU+GPU). Com isso, as frequências atingidas variam bastante de acordo com a aplicação. Em jogos, por exemplo, o sistema frequentemente opta por aumentar a frequência da GPU (que pode oscilar entre 166 e 900 MHz), mantendo o processador na frequência regular.
Assim como no Clarkdale, a ponte-norte integrada ao Arrandale inclui 16 linhas PCI Express 2.0 e um controlador de memória dual-DDR3. As linhas PCI Express podem ser divididas em dois links x8, o que permite a criação de notebooks com duas GPUs em CrossFire. Embora sejam mais lentos que os Core i7 baseados no Clarksfield, os Arrandale são mais adequados a notebooks para jogos, já que o consumo é mais baixo (o que dá margem para uma GPU mais parruda) e o desempenho é mais do que suficiente, considerando que o grande limitante no caso dos notebooks é o desempenho da GPU e não do processador.
Concluindo, o Arrandale deu origem também ao Celeron P4500, destinado aos notebooks de baixo custo. Ele é ainda mais capado que os Core i3, perdendo um terço do cache e também o suporte a SMT e às instruções AES. O lado bom é que, diferente dos Celerons antigos, ele oferece suporte ao SpeedStep, mantendo o consumo em níveis sanos:
Celeron P4500: 1.86 GHz (sem turbo), 2 cores, 2 MB, TDP de 35W

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